Corrupção em Aparecida de Goiânia
A Salute Sociale, entidade
escolhida pelo governador Marconi Perillo (PSDB), para comandar o
Hospital de Urgências de Aparecida de Goiânia responde vários
processos no Rio de Janeiro por desvios de verbas públicas,
inclusive federais. Agindo em conluio com o governo carioca, a Salute
teria pago com dinheiro roubado até campanha de candidato do PMDB a
presidência da República!!!.
Para
proteger os cofres do Estado, o Ministério Público recomendou ao
governador Marconi Perillo (PSDB) que desista de transferir para
a Salute Sociale o gerenciamento do Huapa – Hospital de Urgências
de Aparecida de Goiânia. Ele deve também anular
o Decreto 7.399,
assinado em de 11 de julho passado, onde concedeu a instituição
caráter de “organização social de Goiás”.
A
tal organização, denominada agora de Núcleo
de Saúde e Ação Social – Salute
Sociale, não pode gerenciar o Huapa de Aparecida porque é mais suja
do que pau de galinheiro. No Rio de Janeiro ela responde diversos
processos por desvios de dinheiro público, inclusive do Peti –
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil.
Os
esquemas corruptos utilizados pela Salute Sociale para depenar cofres
públicos estão fortemente detalhados no Inquérito Civil Público
concluído pela promotora Fabiana
Lemes Zamalloa do Prado, da 90ª Promotoria de Justiça de Goiânia
(Defesa do Patrimônio Público,
Combate
a Corrupção e a Improbidade Administrativa).
Dentre
as falcatruas, consta o envolvimento direto da Salute em um esquema
que em cumplicidade com empresas privadas, fundações e organizações
não governamentais, desviaram milhões de reais dos cofres do
Governo do Rio de Janeiro.
A Salute não passou por licitação para conseguir o comando do
Huapa.
O
Governador Marconi Perillo e o secretário da Saúde, Antônio
Faleiros, tem 10 dias para cumprir a “recomendação” do MP, sob
pena de virarem réus em Ação Civil Pública por Improbidade
Administrativa. Dentre as condenações para esse tipo de crime,
estão a cassação do mandato e a suspensão dos direitos políticos.
Dinheiro
desviado pela Salute
bancou
campanha do PMDB
Acusada
de desvios de verbas, a Salute Sociale responde processos
administrativos e judiciais, cíveis e criminais, tanto no Judiciário
do Rio de Janeiro, quanto na Justiça federal. A entidade troca
sempre de nome para permanecer na impunidade e continuar aplicando
golpes.
Quando
era o Centro de Defesa dos Direitos da Cidadania – CBDDC, a Salute
Sociale teria desviado milhões de reais dos cofres do Governo
carioca através de um esquema em que ela sublocava empresas e
Organizações Não Governamentais - ONGs, para fazer serviços
fantasmas e/ou superfaturados.
O
Ministério Público do Rio descobriu que nesse esquema, o CBDDC –
hoje, a Salute Sociale – repartiu o dinheiro desviado dos cofres do
Estado com várias empresas privadas e ONGs cúmplices do esquema
corrupto.
Segundo
o MP/RJ, só nessa falcatrua, a Salute desviou tanto dinheiro que
pode emitir cheques em favor
do PMDB para financiamento “oficial” da campanha da
pré-candidatura de Anthony Garotinho (PMDB) a presidência da
República.
De
acordo com o processo que tramita na 3ª Vara de Fazenda Pública da
Comarca do Rio de Janeiro (número 00073487-49.2010.8.19.0001), a
maracutaia contava com a cumplicidade do governo do Estado.
A
função do Governo na quadrilha consistia em não fiscalizar se os
serviços gerenciados pela Salute estavam sendo feitos e fingir não
saber que os preços cobrados por ela eram superfaturados. Em contra
partida, o dinheiro lavado serviria para bancar a campanha política.
As
várias facetas da organização
Segundo
a promotora Fabiana Lemes, em 23 anos de existência, a
Salute Sociale, escolhida pelo Governo de Goiás para comandar o
Huapa, mudou a sua denominação social três vezes vezes para
driblar a lei. Só nunca parou de desviar dinheiro público, conforme
apurado no Inquérito Civil Público da 90ª Promotoria de Justiça
de Goiânia.
Sempre
se passando por Organização Não Governamental, a Salute já foi
Centro
Brasileiro de Defesa da Criança e do Adolescente – CBDCA, Centro
Brasileiro de Defesa dos Direitos da Cidadania – CBDDC e Núcleo de
Cidadania e Ação Social – NUCAS, mais conhecido como Instituto
José Pelúcio.
O
Nucas é acusado de ter embolsado e dividido com empresas comparsas,
mais de R$ 32 milhões do governo carioca quando firmou parceria com
prefeitura de Campos do Goytacazes. Lá também a instituição foi
contratada como terceirizada para prestar serviços na área da
saúde.
Réu
em vários processos no Rio de Janeiro, a entidade mudou de nome
novamente e agora é denominada Núcleo de Saúde e Ação Social –
Salute Sociale. Em Goiás, conseguiu um decreto assinado pelo
governador Marconi Perillo para vestir o escudo de “entidade sem
fins lucrativos” e sem passar por licitação, iria gerenciar o
Huapa de Aparecida.
Pela
extensa ficha criminal da Salute Sociale, a instituição pretendia
mesmo depenar os cofres de Aparecida de Goiânia, de Goiás e ainda
abocanhar as verbas do Governo Federal enviadas para a área da
saúde. O plano pode ser frustrado graças a rápida interferência
do Ministério Público.
A
recomendação da promotora Fabiana Lemes endossa a decisão do
Conselho Estadual de Saúde. O órgão já havia baixado a Resolução
008/2011, deliberando pela suspensão dos processos de terceirização
de gestão na área da saúde em Goiás.
Instituição
tem
bens
bloqueados
A
Salute Sociale foi escolhida pelo Governador para gerenciar o Huapa
através do Instrumento de Chamamento
001/2011,
que deflagrou o processo de seleção de entidades de direito privado
sem fins lucrativos interessadas na tarefa.
O
secretário da Saúde, Antônio Faleiros, anunciou que o contrato
entre o Estado e a Salute deve ser firmado em poucos dias, mas
segundo constatou o Ministério Público, além de não possuir
idoneidade a Salute não tem dinheiro para tocar a empreitada. Por
causa de seus crimes, a instituição teve todos os bens bloqueados
pela Justiça.
Quando
denominada de CBDDC, a Salute integrou a organização criminosa que
desviou verbas públicas do Projeto Saúde em Movimento –
Racionalização da Rede Estadual de Saúde - da Secretaria de
Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
Nesse
episódio a Salute responde dois processos no Rio. Um de número
0379271-02.2008.8.19.0001, que tramita na 6ª Vara de Fazenda
Pública, e
o outro, sob o número 00073487-49.2010.8.19.0001,
em tramitação na 3ª Vara, também da Fazenda Pública.
As
ações judiciais deram origem a outro processo, criminal, tramitando
na 4ª Vara Federal do Rio, e que investiga indícios de emissão de
notas frias pela Salute quando se chamava CBDDC. Apesar de ser uma
“instituição sem fins lucrativos”, o CBDDC é investigado por
apropriação
indevida
de recursos públicos, por meio da cobrança de “taxa de
administração”.
O
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro também investiga
irregulares em contratos da Salute Sociale, inclusive um firmado com
o Instituto Vital Brasil. A
Salute se auto denomina “sem fins lucrativos”, mas ganhou R$
133.650.000,00 quando foi contratada sem licitação para prestar
serviços na área de saúde, no projeto Saúde em Movimento. Ela não
foi condenada, ainda, em nenhum dos processos que responde, mas não
tem idoneidade para assinar o contrato de terceirização do Huapa.
Esse “pequeno detalhe” é uma exigência da Constituição
Federal.
Parceria
sob suspeita
A
parceria do governador Marconi Perillo (PSDB) com o prefeito Maguito
Vilela (PMDB) para terceirizar o Huapa registra a quarta tentativa,
pelo menos, de empresas
de Brasília e do eixo Rio/São Paulo, com processos na Justiça,
tentando se instalar em Aparecida de Goiânia – a terceira maior
arrecadação do Estado – , no intuito de aumentar os seus
patrimônios financeiros.
O
fenômeno já virou uma marca da gestão do prefeito Maguito Vilela.
Recentemente, Maguito contratou, sem licitação e ao preço de R$
1,8 milhão, o instituto Ibeg, de Brasília, para promover um
concurso da Educação no município. Segundo o Ministério Público,
o esquema causou prejuízo financeiro e moral para mais de 40 mil
pessoas.
Sem
passar por licitação, as empresas de limpeza Vital Engenharia,
também do Rio de Janeiro, e a Construban, de São Paulo, assinaram
acordos milionários com Maguito. As duas empreiteiras estavam
faturando R$
13.122.379,62 dos cofres públicos para “limparem” Aparecida
por períodos que não ultrapassaram 180 dias.
A
carioca Vital Engenharia, num outro vantajoso contrato firmado com o
prefeito Maguito, recebia R$ 245.600,00 para disponibilizar 70 garis
encarregados de limpar apenas algumas ruas de três bairros da
cidade. Cada gari custava, por mês, mais de R$ 3.500,00 aos cofres
da prefeitura.
Maguito
tentou fechar contrato ainda com a empresa paulista Geovision
Soluções Ambientais e Energia S/A. A empreiteira, com sede em
Ribeirão Preto, pretendeu construir um lixão em Aparecida, com
capacidade para receber entulhos de até 19 municípios.
O
caso do Ibeg, da Construban, Vital Engenharia e da Geovision
provocaram ações civis públicas propostas pela 9ª e 14ª
promotorias de Justiça da Comarca de Aparecida. Os processos estão
em tramitação no Judiciário. A pergunta que não quer calar: de
quem partiu a idéia de buscar no Rio de Janeiro a Salute Sociale;
do tucano Marconi ou do peemedebista Maguito?
A
promotora de Justiça Fabiana Lemes recomenda ao Governador que
desista de transferir para empresas privadas a gestão de quaisquer
hospitais do Estado
Essa empresa a Salute Sociale, rompeu o contrato com o Instituto Vital Brazil S/A em Abril/13 e até agora não pagou as verbais rescisórias e 40% fgts dos seus colaboradores, que são mais de 150, já foi enaminhada varias noticias para os jornais cariocais, mais niguém divulga nada.
ResponderExcluirNão divulgarei o meu nome, pois ainda trabalho no instituto por outra prestadora de serviço, e tenho medo de sofrer represália.
Com certeza esses fatos são reais para nos aqui de Duque de Caxias no Rio de Janeiro. A Salute está no MP e até agora não me pagou meus direitos.
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