15 de março de 2013

Presidente da Assembléia de Deus acusado de roubar grana dos fiéis



Acusado por um pastor de ficar milionário a custa do dinheiro dos fiéis evangélicos, o diretor presidente da Igreja Assembléia de Deus, ministério de Madureira em Gurupi, exerce o ensinamento do Cristo ao contrário: ele já expulsou dos templos 28 pastores que questionaram as suas práticas nada cristãs

Comércio da Fé
Se Jesus Cristo voltasse a terra hoje e passasse por Gurupi ele expulsaria o pastor João da Cruz Gomes Feitosa da presidência das igrejas Assembléia de Deus que compõem o ministério madureira na região Sul do Tocantins. Ele é acusado de desviar para a sua conta bancária o dinheiro que os fiéis entregam nas igrejas. Ditatorial, ele já teria expulsado dos templos 28 pastores que discordaram da roubalheira.
Uma de suas vítimas é o pastor Nelson Ferreira Barros, 54 anos. Teólogo formado, ele conta que depois de 30 anos pastoreando em Gurupi, foi expulso da igreja por João da Cruz depois de questiona-lo sobre os desvios de dinheiro nas igrejas sob o comando dele. “O presidente é um tirano e tem como comparsa o pastor Marcos Orelo Passos”.
Segundo pastor Nelson, João da Cruz humilha e calunia pastores, obreiros – os ajudantes nos cultos religiosos – e os demais funcionários dos templos. Ele diz que João usa a igreja para atender seus interesses particulares e estaria obrigando os membros a passar necessidade para fazer altas doações em dinheiro.
João da Cruz é presidente da Assembléia de Deus a 11 anos. Como o cargo é vitalício, pastor Nelson diz que muito dinheiro dos fiéis ainda será desviado. Segundo ele, por causa da postura desonesta do presidente, centenas de membros estão indo para outras igrejas. “Muitos jovens, decepcionados, saíram da igreja e entraram no submundo das drogas”, frisa.

Mansão e fazendas,
 presentes de Deus?
Pastor Nelson conta que caiu em desgraça com o irmão de fé quando a direção da igreja Assembléia aprovou uma verba de R$ 200 mil para a aquisição de uma casa pastoral e o pastor João da Cruz se apossou de mais grana e comprou uma mansão em Gurupi avaliada em mais de R$ 1 milhão. “Só nesse golpe, João da Cruz deu um desfalque em torno de R$ 800 mil as igrejas”, acusa.
Segundo Nelson Barros, o pastor João, antes um simples lanterneiro, possui agora um patrimônio que faz lembrar o milagre da multiplicação. Além de morar numa mansão comprada com dinheiro dos fiéis, ele desfila num possante carro, uma WS-4 branca . Pastor João é dono ainda de duas fazendas no município de Crixás, onde cria vacas brancas.
O presidente da Assembléia de Deus recebe, por mês, 22 salários mínimos. Segundo Nelson, somados os gastos com ajudas de custos, a remuneração mensal de pastor João ultrapassa 50 salários. De acordo com Nelson, até o imposto de renda do pastor é pago pela igreja.
Pastor Nelson afirma que João da Cruz não aceita ser contestado e reina absoluto nas igrejas assembléias que formam o ministério de Madureira – Campo de Gurupi. Além dele, João da Cruz já teria expulsado outros 28 pastores que ousaram criticar suas atitudes anti cristãs.
João da Cruz persegue quem fica contra ele. Nós temos pastores desempregados e desamparados e muitos sofreram ameaças verbais e até físicas porque discordaram da roubalheira promovida pelo presidente”. O pastor João não foi localizado para comentar as denúncias. O espaço continua aberto, caso ele queira se manifestar.

Pastor Nelson Barros construiu seis igrejas em Gurupi, mas foi expulso do templo quando se posicionou contra os desvios de dinheiro da igreja na gestão do pastor João da cruz

Mais de 50 pastores de Gurupi não falam comigo por ordem do presidente João da Cruz” (Nelson Barros, um dos 28 pastores expulsos da igreja Assembléia de Deus pelo presidente vitalício da entidade)

João da Cruz é acusado de comprar com o dinheiro dos fiéis uma mansão avaliada em R$ 1 milhão e duas fazendas em Crixás. De ex lanterneiro, ele desfila agora numa possante WS-4

Nenhum comentário:

Postar um comentário