Os
delitos do advogado Sérgio de Azevedo Redó na Associação Paulista de Imprensa estão
sendo investigados pelo MPE, onde ele foi denunciado por crimes contra o
patrimônio público pelo jornalista e pesquisador Pedro Nastri. A Promotoria de
Justiça apura a destruição da biblioteca da A.P.I. contendo mais de mil volumes
raros; o extravio de suas obras de arte, de móveis históricos, e até de pedras
preciosas que pertenciam à entidade
Pedro Nastri aciona Ministério Público para resgatar a
A.P.I. das mãos do pseudopresidente Redó
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Está próximo do fim o reinado do
advogado Sérgio de Azevedo Redó na Associação Paulista de Imprensa. Graças à
determinação do jornalista, escritor e historiador Pedro Nastri em resgatar a A.P.I.
do sucateamento provocado pelo pseudopresidente – o mandato dele é ilegal –, a octogenária entidade
voltará a ser em breve a casa do jornalista de São Paulo, como era desde 1933,
quando foi fundada.
Pedro Nastri, que está concluindo um
livro sobre a história da A.P.I., representou contra Sérgio Redó no Ministério
Público de São Paulo, onde o denuncia, com provas, por crimes contra o
patrimônio público. Ele acusa o advogado de ter sumido com dezenas de obras de arte
valiosas como quadros, retratos e gravuras que compunham o acervo iconográfico
da instituição.
Na Ação protocolada no MP sob o número 0112941/16, Nastri
ratifica as denúncias que havia feito em reportagens publicadas nesse blog em
primeira mão e acrescenta que sumiu da A.P.I. até pedras de esmeraldas que integravam o patrimônio da entidade. Ele reafirma que Redó destruiu
a biblioteca, desaparecendo com a sua hemeroteca e o seu acervo
iconográfico.
O jornalista relata ao promotor público que Sérgio Redó mandou jogar a
coleção da biblioteca da A.P.I. numa caçamba de lixo. A hemeroteca descartada
por Redó era composta de mais de mil volumes raros, além de edições antigas dos jornais Diário da Noite, Correio Paulistano, Farol
Paulistano, dentre outras publicações históricas.
Nastri assegura que o pseudopresidente mandou despejar no lixo os originais
de diversos escritores, dentre eles Monteiro Lobato, Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida, Menotti Del Picchia e Cásper Líbero. Os documentos lançados fora por
Redó pertenciam à biblioteca da A.P.I. e faziam parte do patrimônio
histórico e cultural do Brasil.
A atitude de Pedro
Nastri, antigo associado e ex-diretor da A.P.I. – ele se demitiu do cargo por não
compactuar com as falcatruas –; é imprescindível para tirar a entidade da
situação de inércia que ela padece desde que se tornou refém da administração
nefasta, e ilegal, de Sérgio Redó, cujo mandato venceu em 2012. Ele se reelegeu escorado em estatuto fraudado, que não tem ata lavrada e não
é registrado em cartório.
Nastri
prova que Redó mente
sobre o paradeiro do acervo
11º andar da A.P.I.: É nessa sujeira que Redó guarda o acervo, conforme declarou ao jornalista Fábio Ramalho?! |
Pedro Nastri relata ao MP que Sérgio Redó
recebeu, quando assumiu a primeira gestão, em 2009, toda a relação de obras de
arte, esculturas, acervo iconográfico, biblioteca com mais de mil volumes
raros, documentos originais de diversos escritores, dentre eles Monteiro Lobato
e Oswald de Andrade. Esse patrimônio desapareceu e o pseudopresidente mente
sobre o seu paradeiro.
Na Ação de
Indenização por Dano Moral que Sérgio Redó move contra o jornalista Pedro
Nastri e esta repórter, ele alegou à juíza Fernanda Soares Fialdini, que
julga o processo na 13ª Vara Cível do Foro Regional II de Santo Amaro/SP, ter
doado o acervo da A.P.I. à Câmara Municipal de São Paulo.
Logo depois o pseudopresidente contou
história diferente para explicar o sumiço do acervo. Em entrevista concedida ao
jornalista Fábio Ramalho (Blog do Ramalho), ele disse que o acervo estaria guardado
no 11º andar do prédio da entidade.
São falsas as duas versões de Redó. Está
repórter tem em mãos uma declaração da Câmara Municipal da cidade de São Paulo informando
a Pedro Nastri que nunca recebeu doação de acervo da A.P.I. O acervo não está
também no 11º andar do prédio da entidade, conforme as provas divulgadas aqui.
Fotos tiradas do local desmentem também a
segunda versão de Redó, contada ao jornalista Fábio Ramalho. As imagens revelam
que no 11º andar existe apenas a imundície reinando absoluta, e denunciando o
desleixo com que a A.P.I. é tratada pelo presidente impostor.
Nastri contou ao promotor de Justiça que
além de deixar a A.P.I. sem os seus registros históricos, Redó descartou como
lixo móveis datados de 1933 que guarneciam o acervo da associação e compuseram
a sala da presidência e diretoria, na gestão do primeiro presidente, Alberto
Siqueira Reis. O mobiliário que desapareceu estava sendo preservado para ficar
à mostra do público quando for criado o Museu da Imprensa Paulista.
Câmara Municipal de São Paulo desmente Redó e afirma não ter recebido acervo algum da A.P.I. |
Justiça
pode afastar presidente irregular
O Ministério Público analisa o pedido para
requerer ao Judiciário o afastamento imediato de Sérgio Redó e da atual diretoria,
do comando da A.P.I.. Nastri ressalta que a saída deles é necessária para
evitar danos ainda maiores à entidade e, consequentemente, aos seus associados.
Se a Justiça acatar os pedidos, Sérgio Redó não
poderá apresentar mais o programa Sala de Imprensa, que é da A.P.I., mas que o
advogado usa para se autopromover no universo jurídico, político e social. O
programa televisivo da entidade serve até para Redó tentar barganhar favores
junto a ministros em Brasília, conforme já denunciado nesse blog.
Desde a publicação das reportagens
denunciando os esquemas de corrupção montados na A.P.I. por Sérgio Redó, ele
tenta registrar o estatuto fraudado que o reelegeu, em 2012. Porém, o 1º
Oficial de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica da
Comarca de São Paulo já foi alertado para essa possibilidade e dificilmente o
pseudopresidente conseguirá legalizar a fraude.
Nastri pede ao MP para requerer a
punição dos responsáveis pelas falcatruas na A.P.I. e criar uma comissão
formada por associados com a missão de avaliar a real situação financeira da
entidade. O objetivo é fazer um levantamento minucioso
de seu patrimônio a fim de levantar até que ponto os bens foram dilapidados.
Redó ofereceu espaço a ex-ministro da Justiça no programa da
A.P.I. em troca de favor pessoal
|
Dívidas
e ações judiciais
maculam a instituição
Pedro Nastri corrobora as denúncias publicadas
nesse blog, em duas reportagens fundamentadas em um robusto dossiê de 157
páginas elaborado contra os atos de Sérgio Redó na A.P.I. e atesta que a
instituição está à mercê dos interesses pessoais e ilícitos do presidente
fictício.
Nastri denuncia ao MP que o advogado desvia
dinheiro da conta da entidade para pagar despesas de jantares com apaniguados
em restaurantes cinco estrelas, sempre regados das melhores iguarias e de
vinhos de cartas nobres.
As retiradas ilegais de dinheiro feitas
na conta da A.P.I. são comprovadas pelos extratos bancários do Itaú. Os
documentos revelam que Redó costuma fazer saques no caixa eletrônico até de
madrugada, quando a entidade não está funcionando.
Enquanto Redó se esbalda com o dinheiro
desviado da A.P.I., que é proveniente do pagamento de anuidades dos associados
e de aluguéis de salas do prédio, a instituição cai em descrédito.
Na era Redó a A.P.I. enfrenta diversos
processos judiciais para cobrança de dívidas. São ações trabalhistas e outras
movidas por fornecedores e concessionárias de serviços públicos. Nastri defende
que seja feita nova eleição, obedecendo ao único estatuto válido, o de 2005,
logo após ser periciada a real situação na entidade.
Os
sucessivos desmandos patrocinados por Redó são tão prejudiciais a A.P.I. que
ela não seria reconhecida mais pelos grandes homens de imprensa que vivenciaram
a entidade mais de meio século atrás, a exemplo do primeiro presidente eleito,
o jornalista Alberto Siqueira Reis e Spencer Vampré, que definiu assim a
A.P.I.: “… Se o jornal é o livro
cotidiano do povo, cada redação é uma pequena universidade, e esta Associação
Paulista de Imprensa é uma forja viva da Nação, que aqui se edifica dia a dia”…
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