17 de setembro de 2016

As previsões de um parapsicólogo sobre o futuro do PT

Militantes petistas queimam bandeira do Brasil (reprodução web)

A descida ladeira abaixo enfrentada pelo Partido dos Trabalhadores pode ter provocado surpresa em muita gente, inclusive em Dilma e Lula; e em militantes mais xiitas. Mas a derrocada do PT não pegou desprevenido um dos seus fundadores, o parapsicólogo Fábio Lino Marques. Em outubro de 2002 Fábio Marques, que é também repórter fotográfico e poeta, escreveu o poema “O Avanço do Atraso”, onde faz duras críticas ao partido que ajudou a criar e profetiza que o PT iria colher o que de ruim estava plantando. Ele ressalta: “Aqui se faz, aqui se paga, gemendo, sentindo dor”. 


 O Avanço do Atraso

Aquele que sempre fala
Em nome do trabalhador
Anda bem refinado
Com seu título de doutor
Já passou pro outro lado
Sem dizer para o eleitor

Se ele for presidente
Não será mais que um pretor
De uma elite acadêmica
Da Pátria, gigolô
O palácio será pretória
Tapeando o eleitor

Ser bode expiatório
Certamente ele aceitou
De cá já não engulo
O discurso enganador
O PT tem muita fama
De ser bom tapeador

Em nome do trabalhador
O PT não tem receio
De defender uso de drogas
Aborto e casamento gay
Este é o seu trabalho
Pelas notícias que eu sei

Eu também fui petista
E acreditei nos “companheiros”
Fiz uma grande denúncia
Que soou no mundo inteiro
Depois fui discriminado
Na eleição pra deputado
Só por não ter dinheiro

Sou aquele fotógrafo
Amigo do eleitor
Que em novembro de 85
As urnas, fotografou
Sendo abertas nas calçadas
Que a imprensa divulgou

Minha culpa e máxima culpa
Quero aqui me retratar
Por esta obra maldita
Ter ajudado a criar
O único mal que fiz
Que não vou me perdoar

O PT perdeu a cor
Diz que é foice e é martelo
Mas é vermelho, preto e branco
É azul e amarelo
É a cor do camaleão
E com essa prática, não me atrelo

O PT é um barco furado
Dos mares da utopia
Que navega dia e noite
Transportando noite e dia
As farsas maquiavélicas
Do mundo da fantasia

Mas vai receber o troco
Que merece um traidor
Quando troca o idealismo
Por conchavo enganador
Aqui se faz, aqui se paga
Gemendo, sentindo a dor

O PT quando nasceu
Definiu seu ideal
De defender o trabalhador
Da exploração do capital
Ter direito a vez e voz
E tratamento por igual
Dizia ser diferente
Com posicionamento crítico
Quanto aos ajuntamentos
E aos engodos dos políticos
Mas hoje é saco de gato
Para qualquer leigo analítico

Sempre eles fizeram
O militante de otário
Massificando propostas
Enfrentando o calvário
E quando o partido cresce
Une-se com o adversário

Jogavam os idealistas
Na frente para morrer
Suas vestes ensanguentadas
Em pontas de varas a tremer
Instigavam a fazer mártires
Só pensando em se eleger

Lembre-se de Tião da Paz
E Nativo da Natividade
Também o padre Josimo
Que só nos deixou saudade
Entre outros que confiaram
Nos ditames da maldade

 Deus me livre do PT
E dos falsos companheiros
Que me largou na chapada
Ao me ver no atoleiro
Porque lá está comprovado
Só tem vez quem tem dinheiro

 Na base tem gente boa
Que nem entra em disputa
Carregadores de piano
E são isentos de culpa
Estes são usados
Mafiados pela cúpula

Se o PT for avanço
É o avanço do atraso
Pois sempre é o que se vê
A curto e médio prazo
Por onde ele passa
Sempre fica o arraso

Quem pensar que nunca cai
Por eleger presidente
Parece-me não ser
Uma postura inteligente
Um partido de achismo
Quem segue não vai à frente

No poleiro do poder
Em âmbito municipal
É poesia, pão e mel
Como se vê no jornal
O PT é o túmulo dos sonhos
E cemitério do ideal

Deus me livre do PT
No verão, primavera, outono e inverno
É pior do que hospício
Cheio de malucos internos
Se aquilo pra eles é céu
É preferível o inferno

Pois no PT sempre reinou
O oposto da inteligência
É o berço da ignorância
E o ranço da prepotência
Quatro anos são bastante
Pra nos decretar a falência.

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